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O PODER DOS JOGOS: O QUE PODEMOS APRENDER COM OS JOGOS MODERNOS

Por Cláudio Faria
31 jan

O PODER DOS JOGOS: O QUE PODEMOS APRENDER COM OS JOGOS MODERNOS

Por Cláudio Faria

Pode até parecer tediosa a ideia de estudar, especialmente quando nos sentimos obrigados, mas quando fazemos algo que gostamos, a obrigação passa a ser prazerosa. Por esse motivo, muitos jogos costumam ensinar diversas matérias, e em muitas das vezes acabamos aprendendo enquanto jogamos sem perceber. Os jogos, tanto os virtuais quanto os analógicos, popularmente conhecidos como “de tabuleiro”, conseguem manter a atenção das pessoas ao mesmo tempo em que várias habilidades motoras e de raciocínio, por exemplo, são desenvolvidas. 

Há uma enorme gama de jogos desde os casuais, que são rápidos e fáceis de se aprender (Dobble, Eu Sou?, Detetive), até os mais hardcore, que são para gamers mais experientes e que costumam ter horas de duração (Zombicide, Mansion of Madness). Além desses dois tipos, outra categoria é a dos “jogos educativos” que são desenvolvidos já com o intuito de ensinarem algo específico e normalmente são para o público infantil (Que bicho sumiu?, Jogo da Memória, Jogo do Alfabeto). 

Seguindo a premissa de educar com jogos, foi criada a ideia da Gamificação (do inglês Gamification), ou seja, usar elementos e ideias presentes em jogos com o intuito de melhorar o aprendizado, a fim de promover o interesse e desenvolver autonomia e habilidades em outros ambientes fora do próprio jogo. 

A gamificação vem sendo usada tanto em salas de aula (com o objetivo de engajar os alunos com atividades como progressão de desafios), quanto em ambientes de trabalho (para desenvolver habilidades, estimular aprendizado, aumentar envolvimento, estimular colaboração ou competição saudável, treinar mão-de-obra, entre outros). O fato de se obter um feedback instantâneo das atividades desenvolvidas, assim como nos jogos, acaba elevando o engajamento das pessoas para se manterem em desenvolvimento constante e alcançarem níveis ainda maiores de sucesso a cada novo desafio.

Outra forma de se aprender com os jogos é tendo contato com outros idiomas. Devido ao fato de que o mercado brasileiro de jogos é recente em grande parte, muitos dos produtos são importados e muitas vezes chegam ao Brasil sem tradução ou localização. Isso pode parecer um problema, mas é na verdade uma motivação para se aprender outras línguas.

Em jogos do estilo RPG (role-playing game), tais como Dungeons & Dragons, onde os jogadores encarnam personagens e se focam em histórias e textos é onde o aprendizado acaba sendo mais eficiente. Linhas e linhas em outra língua contra um mundo inteiro para ser desbravado faz com que os muitos jogadores interessados corram atrás de traduções e conhecimentos para poderem se divertir. 

O contato constante com outras línguas no dia-a-dia faz o jogador aprender várias palavras e significados sem ter essa intenção e quando há o contato online com grupos de jogadores de outros países, até mesmo outra habilidade como a conversação pode ser treinada. 

Um professor no entanto não pode ser substituído por jogos durante o processo de aprendizagem. Leitura e conversação não são as únicas habilidades necessárias para tornar uma pessoa fluente, pois é necessário também o conhecimento das normas gramaticais. Todos os idiomas têm regras específicas que muitas vezes apenas lendo textos não é possível compreender. Um exemplo simples disso no português seria o M antes do P e B.

Em um mundo onde a indústria de games cresce cada vez mais, seus benefícios vão se tornando mais evidentes. Alguns jogadores vão além do aprendizado e usam os jogos como sua profissão. Alguns títulos mais competitivos têm campeonatos em diversos países com boas premiações em dinheiro, sejam analógicos como Krosmaster Arena e Magic, ou digitais como League of Legends e Counter Strike. 

Estes “pro-players” muitas vezes são contratados por organizações e são patrocinados por diversas empresas. Para ter noção do tamanho de público e do mercado, a empresa desenvolvedora do jogo League of Legends, Riot Games, afirmou que a transmissão da final do mundial de 2019 teve um pico de 44 milhões de espectadores simultâneos e 21,8 milhões na média de audiência por minuto. Sem contar com os disputadíssimos campeonatos tabletop (cartas físicas) de Magic: The Gathering chegam a premiações de 500 mil dólares.

 A cada dia que se passa novos jogos de diferentes estilos surgem, o mercado adquire ramificações e o número de pessoas que jogam jogos de mesa, consoles ou celulares cresce mundialmente. Pessoas de todas as idades conseguem encontrar algo que lhes agradem e vários âmbitos da vida estão adotando sistemas parecidos com a lógica dos games. Educação, trabalho e lazer, todos encontraram algo em comum onde todas as gerações podem se encaixar, aprender, conversar sobre e acima de tudo, se divertir.

Fonte: Globo Esporte e Magic Wizards

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